A. Chaves gerais de apreensão dos capítulos da 1º parte
Escolha deste livro base: uma das suas vantagens correspondia ao facto de permitir acompanhar dois tipos de interpretação sobre a História de Portugal Medieval, uma consagrada e a outra peculiar. Chegou o momento de nos confrontarmos com a primeira.
O Prof. José Mattoso expõe, nestes capítulos, a sua tese sobre a “Identificação de um país”, baseando-a na dialéctica entre a oposição/composição, da qual resulta a coerência de um reino. Assim, mercê de condicionalismos geográficos e históricos, tipo de apropriação humana e de organização social dos espaços, no noroeste e litoral até ao Mondego, desenvolve-se um modelo específico de organização da sociedade, o regime senhorial. Tal modelo será posteriormente exportado para outras regiões. No norte interior e beira, uma conjugação de variáveis de natureza diversa origina a organização concelhia. Com o processo da Reconquista, liderado pelo rei com auxílio dos concelhos do centro, a malha concelhia estende-se para sul. Existirá, assim, uma diversidade de soluções concelhias que o autor autonomiza, através do recurso ao confronto litoral/interior, campo/cidade e culturas cristã/islâmica.
O percurso do raciocínio de José Mattoso é o de apresentar os dois modelos territoriais organização da sociedade, definir o espaço de hegemonia dos dois regimes e, por fim, explicitar o factor de verdadeira unificação, consubstanciado no poder régio.
Recurso de aprendizagem específico (texto historiográfico)
José Mattoso, “A sociedade feudal e senhorial”, in A Monarquia Feudal (1096-1480)..., pp. 165- 203.
Recursos de Aprendizagem específicos (Documentos no recurso 3)
Extraido do recurso 3