Tuesday, 22 February 2011

HPM | 31051 | As estruturas de apreensão da Idade Média em Portugal [3/3]

Texto A


“A escolha da primeira data tem motivos óbvios. Foi aquela em que o Condado Portucalense surgiu como entidade política. A mutação relativamente à época anterior consistiu no facto de esta entidade englobar pela 1ª vez duas unidades político-administrativas anteriormente existentes e até ali independentes: o Condado de Portucale e o de Coimbra” 
 “Quanto ao fim do período, que fixámos em 1325, data da morte do rei D. Dinis, pode-se considerar não apenas o termo de um reinado, mas sobretudo o final da criação e montagem dos principais órgãos do Estado monárquico português, dotado de instrumentos eficazes de centralização”

(palavras de José Mattoso, a justificar os marcos cronológicos escolhidos para a sua obra Identificação de um País. Ensaio sobre as origens de Portugal. 1096 - 1325, Lisboa, Editorial Estampa,  5ª ed., 1995, p. 63.

Texto B


[extraído do Recurso 2]
“E retoma-se a interrogação inicial: D. Dinis, fim ou princípio de um tempo? Arrumemos de vez a cómoda etiqueta de época de «transição», e procuremos saber em que ponto estamos. E o ponto em que estamos tem de facto a ver com o ângulo de abordagem de um conjunto de décadas que são efectivamente um momento-chave, e que, conforme a perspectiva, tanto podem fechar um período como abrir outro”.
Nova História de Portugal, dir. de Joel Serrão e A. H. de Oliveira Marques, vol. III, Portugal em Definição de Fronteiras (1096-1325). Do Condado Portucalense à Crise do Século XIV, coord. de Maria Helena da Cruz Coelho e Armando Luís de Carvalho Homem, Lisboa, Editorial Presença, 1996, p. 161
 
[extraído do Recurso 2]